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Meditação Rosacruz – A Oração Mística de São Francisco

    Desfrute de bons momentos de reflexão com esta Meditação Rosacruz que nos leva a refletir sobre qual é a mensagem que a Oração Mística de São Francisco pode nos transmitir.

    Louis-Claude de Saint-Martin – Presença & Harmonia

    Louis-Claude de Saint-Martin – Presença & Harmonia

    Personalidade importante para o Martinismo, o programa Presença & Harmonia, fala sobre Louis Claude de Saint-Martin. Com o pseudônimo de “Filósofo Desconhecido”, Saint-Martin escreveu vários livros e tornou-se um dos maiores influenciadores para nobres franceses e europeus. Entenda porque seus escritos filosóficos despertam o interesse de seus contemporâneos até os dias de hoje, principalmente daqueles que se interessam pela espiritualidade e pelo sentido profundo da existência. Quem fala sobre o assunto é a Mestre em Psicologia Clínica e Cultura, soror Elisa Walleska Krüger Alves da Costa.

    https://youtu.be/-nT6UiMQtQc

    Cura para a solidão

      Cura para a solidão

      A solidão é um dos mais opressivos testes que o Ser humano pode enfrentar, e uma das mais torturantes experiências. Podemos ter de passar por inúmeros outros sofrimentos: aflição e perdas, choque e dificuldades que sobre nós se abatem de uma ou de outra maneira. Não obstante, parece-nos que não temos uma fonte secreta de proteção contra a pungente desolação que chamamos de solidão.

      Solidão é aquela influência triste que passa sobre nós, deixando-nos desolados como se um vento árido nos tivesse ressequido. É aquela perda de contato com tudo que normalmente dá sentido à vida. É aquela cegueira da alma em que bradamos para as trevas exteriores, mas não recebemos nenhuma mensagem.

      Realmente, ela sobre nós se abate, mais cedo ou mais tarde. Ricos ou pobres, jovens ou velhos, alegres, brilhantes ou tristonhos com o desapontamento, todos nós teremos de sentir essas sombras; todos nós teremos de sentir o abandono que delas advém. Não obstante, não estamos abandonados, e se tivermos sido preparados de modo adequado seremos suficientemente fortes para esses embates com a solidão.

      Que significa estarmos suficientemente preparados? Significa que devemos estar preparados para saber que a solidão não é um estado mórbido ou doentio, mas uma condição que todos nós temos de enfrentar e podemos superar, um aspecto necessário da vida.

      A solidão e pessoas solitárias não são a mesma coisa. Conheci moradores de campo de mineração, de planícies e de desertos que só viam outras pessoas uma vez por mês; no entanto, eles se mostravam tão fortes e revigorados como o vento. Davam mostra de uma espécie particular de recuperação de forças. Haviam aprendido a viver sozinhos e isolados, a ser autênticos e a se valer dos recursos em seu interior.

      Somos, na verdade, “excepcional e maravilhosamente formados”. Para toda doença que nos ataque, temos um meio secreto de cura, se apenas nos dispusermos a usá-lo. Mas, qual a cura para a solidão? Reduz-se ela a sentar-nos para cogitar, para ruminar sobre a esterilidade do remorso e do desapontamento? É isto proteção contra a erosão lenta da solidão? E se não o é, então, qual a cura?

      A cura está em toda parte. Ela está na maneira de viver. Está em lutarmos contra influências desmoralizadoras, lançando-nos à vida; está em todos os olhos que fitamos; no abanar do rabo de todos os cães; na música sublime de todas as árvores; no canto alegre de todas as aves; no capim que brota entre as lajes; no riso de todas as crianças; na esperança. Quando uma pessoa está perturbada, acamada, ou arruinada de maneira espiritual ou material, a cura da solidão está na maneira de viver, de se tornar parte da vida, parte de toda a vida que brota ao seu redor. Nada deve tornar a alma aniquilada.

      Como tenho conhecimento dessas duras verdades?

      Delas tomei ciência por ter estado tão isolada que eu, também, tive de abrir caminho para retornar à luz. Técnicas de concentração, visualização, meditação e contemplação me foram tão importantes para vencer a inércia instalada que sugiro a todos que desenvolvam estas práticas.

      Meditação Rosacruz – Comande o seu próprio destino

        Desfrute de bons momentos de reflexão com esta Meditação Rosacruz que nos leva a refletir sobre qual é a mensagem que a Oração Mística de São Francisco pode nos transmitir.

        Quem São Eles?

          A Ordem Rosacruz, AMORC, é uma organização internacional, de caráter cultural, fraternal, não-sectário e não-dogmático, de homens e mulheres dedicados ao estudo e aplicação prática das leis naturais que regem o universo e a vida. Seu objetivo é promover a evolução da humanidade através do desenvolvimento das potencialidades de cada indivíduo e propiciar uma vida mais harmoniosa para alcançar saúde, felicidade e paz. Para esse objetivo, a Ordem Rosacruz oferece um sistema eficaz e comprovado de instrução e orientação para o autoconhecimento e a compreensão dos processos que determinam a mais alta realização humana. Essa profunda e prática sabedoria, cuidadosamente preservada e desenvolvida pelas Escolas de Mistérios esotéricos está à disposição de toda pessoa sincera, de mente aberta e motivação positiva e construtiva.

          A Arte da Criação Mental

            A Arte da Criação Mental

            A criação humana é a combinação de um certo número de elementos, ideias e substâncias para formar uma realidade diferente. Imaginemos uma sala cheia de várias peças de mobília. A localização desses objetos constitui um padrão ou arranjo dos mesmos. Suponhamos que temos de passar por outra sala e que para abrir a porta temos de afastar alguns móveis. Com isto, o arranjo da mobília, ou o seu padrão, foi alterado.

            Toda mudança na relação entre as coisas deve necessariamente produzir alguma espécie de realidade, alguma forma ou nova aparência. Mas o ato criador tem como principal componente a determinação, portanto devemos perguntar: a ação inicial que provocou a mudança foi intencional? No exemplo da nossa sala, se distribuirmos a mobília de acordo com composições predefinidas para compor um ambiente agradável temos um ato criador. Assim, todo ato criador deve ter uma finalidade, ou, na linguagem filosófica, ser teleológico.

            Se a criação consiste em uma associação para compor alguma coisa nova ou de um novo arranjo, esse fim ou propósito deve ser potencial na mente. Algo que nunca tivesse existido não poderia ser percebido, pois a mente gera ideias em função das impressões recebidas através dos sentidos e, dessas ideias tira conclusões. Essas conclusões, em si mesmas, tornam-se outras ideias da reflexão, que se distinguem das ideias de sensação, ou seja, das coisas que podem ser vistas, sentidas ao tato ou ouvidas.

            As ideias constituem as unidades de construção do pensamento criador e como as ideias surgem a partir das nossas experiências, mesmo que sejamos dotados de excelente imaginação, precisamos ter experiências para que a mente possa com elas trabalhar, desenvolvendo-as. Assim, precisamos conhecer pessoas, visitar lugares diferentes, escutar os outros, ler e extrair conceitos diferentes dos nossos. Ao caminhar devemos ver com a mente, assim como com os olhos; não somente ver, mas compreender aquilo que vemos. Assim devemos também ouvir com a mente e compreender as palavras. Devemos refletir sobre todas as impressões que tivemos durante o dia, recordando as coisas importantes e reforçando a memória.

            No processo místico de criação mental, a mente é o agente ativo, mas não se limita a formar imagens, a conceber elementos, e sim emprega também os poderes psíquicos para receber e estabelecer as condições pelas quais a imagem pode ser materializada, passando a ter existência fora da mente. Suponhamos que desejamos progredir na empresa em que trabalhamos. Se já temos todas as condições intelectuais e técnicas para uma nova função, projetamos o eu para a imagem mental, não apenas nos vendo na posição que desejamos, mas sentindo-nos na mesma. A imagem precisa se tornar tão concreta quanto nós o somos. Sentimos todos os aspectos da posição que desejamos alcançar. Um pensamento claro, vívido e real torna-se um poder vitalizado na mente. Esse poder irradia-se para o espaço, ultrapassa os limites do indivíduo e afeta pessoas e coisas.

            Há uma afinidade ou ligação entre os elementos da imagem mental e daquilo que queremos materializar. A mente não imagina essa afinidade ou esse nexo, mas pelo processo místico da criação mental ela cria essa ligação. Gradativamente, harmonizamo-nos com as coisas que se relacionam com a nossa imagem mental e começamos a atrair para nós elementos, fatores e circunstâncias necessárias à consecução do nosso desejo. Às vezes, poderá parecer que forças exteriores a nós estão realizando a criação, vale lembrar o conhecido clichê: “O Universo conspira a favor…”.

            Mas o êxito da visualização não se deve a algo mágico. Quem se concentra apropriadamente sobre a imagem visual que criou em sua mente, está trazendo os processos criativos do seu Eu Interior para reforçar e ajudar a trazer as condições visualizadas a um estado de atualidade. Assim, para que o processo criativo realmente se manifeste, é necessário observar as seguintes regras ou leis:

            Processo

            1. Pratique a visualização em estado de relaxamento e em harmonia com o Cósmico.
            2. As imagens mentais da sua visualização não devem conter nenhum aspecto ou motivo egoísta, destrutivo etc.
            3. Visualize o resultado final daquilo que deseja alcançar e não os passos intermediários.
            4. A visualização deve estar carregada de emoção. Coloque sons, cores, aromas e viva a imagem como uma realidade em sua mente.
            5. Não imponha a solução ao Cósmico. Na visualização não estabeleça como a situação será solucionada. Apenas veja o problema resolvido.
            6. Tenha absoluta confiança de que a solução chegará por alguma via ou meio.
            7. Compreenda que recebemos de acordo com os nossos merecimentos, segundo a Lei do Carma. Nem tudo o que pedimos ou desejamos se cumprirá.
            8. A visualização deve passar do nosso plano subconsciente ao plano Cósmico. Para isto, uma vez realizado o quadro mental, inale profundamente, exale e se solte a imagem, enquanto afirma: “Se é da vontade do Cósmico, está feito!”.
            9. Depois de fazer a visualização, aja conforme a lei do triângulo: ponto 1 – visualização; ponto 2 – ação; ponto 3 – resultado.
            10. Frequência da Visualização: primeira semana – uma vez todos os dias. Segunda semana – segunda, quarta e sexta-feira. Terceira semana – uma única vez. Depois, desligue.

            Uma vez feita a visualização apropriada, trabalhe e atue de acordo com o objetivo que quer alcançar, com a confiança de que agindo corretamente sua vida será plena de êxitos e harmonia.

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            A Palavra Perdida

              A Palavra Perdida

              A lenda da Palavra Perdida, ou seja, de uma chave da Criação pela qual toda a realidade teria sido posta em movimento, remonta a milhares de anos. Parte dessa lenda é alegórica e parte é devida a uma concepção primitiva do poder da palavra falada, com uma energia motivadora dos seres humanos de modo que um poder semelhante é atribuído à causa primeira, ou Divindade.

              A primeira referência a uma causa teleológica ou mental da Criação e à sua relação para com a Palavra Perdida remonta ao período menfítico do Egito, mais ou menos no ano 4000 a.C. O deus menfítico era Ptah. Encabeçava ele um panteão de deuses menores. A princípio, os sacerdotes das Escolas de Mistérios de Mênfis proclamaram que Ptah era o deus protetor dos artesãos e artistas do Egito. Séculos depois, desenvolveram uma concepção metafísica mais profunda quanto a ele. Tornaram-no o artífice, o criador do universo. Em suas doutrinas, os sacerdotes declararam então que Ptah criara o universo por meio do pensamento. Mais explicitamente, o pensamento, as ideias de Ptah, foram transformadas numa palavra por ele pronunciada, de modo que, através dessa palavra, seu pensamento foi concretizado, ou seja, tornou-se realidade.

              Segue-se uma citação de uma antiga inscrição feita pelos sacerdotes de Ptah:

              “Assim foi que o coração e a língua adquiriram poder sobre todo membro, ensinando que ele (Ptah) estava (sob a forma do coração) no coração e (sob a forma da língua) na boca de todos os deuses, os homens, os gados, os répteis, todos os seres vivos, ao mesmo tempo em que ele (Ptah) pensa e ordena tudo aquilo que deseja. A boca de Ptah, que pronunciou os nomes de todas as coisas…”

              Informam os egiptólogos que os egípcios antigos usavam a palavra coração no sentido de mente ou inteligência. Por outro lado, a referência à língua diz respeito à palavra falada – à imperiosa palavra pela qual todos os pensamentos foram concretizados, tornando-se realidade.

              Podemos presumir que, em algum ponto desses antigos mistérios, havia sílabas, mantras e sons que teriam poderes universais especiais para a criação de coisas terrenas.

              Naturalmente, todos conhecemos a declaração da Bíblia, no Capítulo I de São João: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava em Deus, e o Verbo era Deus”. Terá sido esta declaração do Novo Testamento um eco das doutrinas dos sacerdotes de Ptah de séculos atrás?

              Agora, passamos a considerar a Cabala, a doutrina metafísica dos judeus. O livro Sepher Yezirah literalmente significa Livro da Criação, ou “cosmogonia”. Não se sabe quando o original desse livro foi escrito. Eruditos hebreus têm apontado diferentes períodos para sua origem. A época exata está perdida nas sombras da Antiguidade. Contudo, uma opinião mais ou menos generalizada sustenta que o livro surgiu aproximadamente no segundo ou terceiro século da era cristã.

              Ensina ele que a causa primeira, “eterna e onisciente, todo-poderosa, é a origem, o centro de todo o universo”. Todo o Ser emanou dessa primeira causa. Declara esse livro, ainda, que pensamento, palavra falada e ação constituem uma unidade inseparável no Ser Divino. O idioma hebraico, com seus caracteres, no mais das vezes corresponde às coisas que designa; assim, “pensamentos sagrados, idioma hebraico e sua conversão à escrita formam uma unidade que produz um efeito criativo”.

              Mais simplesmente, as letras desse idioma, quer escritas ou pronunciadas, são elementos de uma energia potencial que produz aquilo que elas representam. Conforme se pensava, não eram símbolos, como em outros idiomas, e sim unidades constituintes de uma energia cósmica ou divina.

              É frequentemente observado por teólogos judeus e cristãos que o sistema Gnóstico Marcionita, bem como o dos Clementinos do segundo século, contém muitos paralelos e pontos de semelhança com o livro Sepher Yezirah.

              Citemos alguns exemplos do Yezirah. No Capítulo I, Seção 8, lê-se o seguinte:

              “O espírito do Deus vivente, louvado e glorificado pelo nome Daquele que vive por toda a eternidade. A pronúncia da palavra de poder criador, o espírito e a palavra constituem o que chamamos de Espírito Santo”. E, no Capítulo II, Seção 6: “Do nada criou Ele uma realidade, fez surgirem as coisas inexistentes e energicamente esculpiu, por assim dizer, do ar intangível, colossais pilares… Previamente concebeu e pela fala criou toda criatura e toda palavra, através de um só nome. Como exemplo podem servir as vinte e duas substâncias elementares produzidas pela substância original de Aleph”.

              Aos mantras hindus, que consistem de combinações de entoações vocálicas, são atribuídos poderes específicos para afetar as emoções humanas e estimular os centros psíquicos, e até certo valor terapêutico. Naturalmente, como rosacruzes, sabemos que as vibrações da voz humana, em determinadas combinações de vogais, podem induzir, no homem, condições psíquicas de natureza estimulante ou calmante.

              Na maioria das culturas primitivas os deuses eram tidos como antropomórficos. Portanto, eram concebidos como dotados de qualidades humanas. Se os deuses criavam, deviam usar funções e atributos semelhantes aos do homem. Em outras palavras, deveriam eles pensar e planejar; porém, como haveriam de concretizar suas ideias? Qual seria o estímulo – a motivação por trás da ideia, capaz de torná-la real? Em termos simples, como iriam os pensamentos transformar-se em coisas? O comando vocal tem poder; a voz pode ser ouvida, sentida e pode levar as pessoas a agir e a produzir coisas materiais em conformidade com a ideia por trás da palavra pronunciada. Por conseguinte, era fácil presumir que os deuses, ao criar, faziam o mesmo; que sua voz era o meio para converter uma ideia numa coisa concreta.

              Nas tradições das várias culturas, acreditava-se num fiat, numa Palavra dotada de poder vibratório suficiente para que tivesse originalmente produzido o Cosmos. Sustentava-se, ainda, que essa palavra fora conhecida da humanidade, mas que, de algum modo, com as vicissitudes dos tempos e a degradação da espécie humana, tornara-se perdida.

              Misticamente, de fato existem palavras que quando pronunciadas são muito benéficas ao serem ouvidas como sons. O homem primitivo aprendeu o valor desses sons em suas exclamações e seus gritos de dor, prazer, surpresa, ódio etc. Nas antigas Escolas de Mistérios, certas entoações de mantras eram usadas para preparar o iniciado para alcançar o adequado estado de consciência e a devida sensibilidade à ocasião.

              Em nosso mundo moderno, podemos manter o parecer de que uma única palavra pronunciada não criou toda a realidade do nada. Entretanto, sustentamos o conceito cosmológico de que a realidade básica, ou primária, é uma energia vibratória. É um espectro, ou escala de energia, de que provém a manifestação de todas as coisas. Nossas interpretações das sensações e da percepção que temos dessa energia vibratória não são arquétipos exatos da mesma, isto é, não sentimos diretamente a realidade absoluta, mas somente os efeitos que ela exerce em nossa consciência.

              * Extraído do Fórum Rosacruz (outubro 1973).

              Os pensamentos têm asas

                Os pensamentos têm asas

                “Os pensamentos têm asas. Podem alcançar as regiões mais distantes da Terra. Os primeiros raios do Sol prenunciam o glorioso alvorecer. Uma nuvenzinha não muito maior que a mão de um homem pode se converter numa chuva refrescante. Uma pequena comunidade de Luz e Amor pode inspirar o mundo. Não estamos sós.

                Há grupos de pessoas no mundo inteiro que nutrem este mesmo sonho; que procuram o caminho para Deus; e que são filhos da Luz e do Amor. Se pensarmos nos obstáculos e dificuldades, desanimaremos. Não devemos, pois, dar atenção às hostes que marcham contra nós. Mantenhamos com firmeza nosso olhar fixo na Luz Divina. Cumpramos a tarefa que esteja mais ao nosso alcance.

                Abriguemos o pensamento de amor. Propaguemos nosso amor ao máximo que pudermos. Raça, cor, credo ou religião não devem existir para nós. Ensinemos através de nossas convicções e nosso exemplo. Deixemos a beleza iluminar nossa vida de todas as formas possíveis. Aprendamos a grande lição de servir resignadamente a um grande ideal, mesmo que os resultados não sejam aparentemente imediatos. Onde as sementes divinas são semeadas, os resultados são inevitáveis. DEUS NÃO PODE FALHAR.”

                Fonte: Livro “A Luz que Vem do Leste”
                Dr. H. Spencer Lewis (Imperator)

                Diálogo imaginário com Sócrates

                Sr. Sócrates, filósofo ateniense, fale-nos sobre o seu nascimento…
                Nasci em Alopeke, subúrbio de Atenas, na Grécia, por volta de 470-469 antes de Cristo.

                E seus pais?
                Meu pai chamava-se Sofronisco, era escultor e trabalhou com Fídias, decorador de edifícios em Atenas.

                A minha mãe chamava-se Fenarete, reconhecida por ser hábil parteira da cidade. A nossa casa situava-se num distrito sossegado e confortável, tínhamos uma horta com muitas árvores frutíferas e muitas oliveiras. Tínhamos como vizinhos Aristides, Tucídides e Críton, que foi um grande amigo.

                Como eram os tempos antigos da sua Grécia?

                Quando nasci, Atenas se tornava uma potência política, econômica e militar. Tempos de ouro para os gregos; Em pouco tempo, várias personalidades marcaram a história da humanidade no campo das artes, da filosofia, da oratória, da política e das ciências naturais.

                Sócrates, como foi a sua juventude?
                Minha família tinha modestos recursos, mas recebi boa educação, me relacionei com notáveis inteligências da época, frequentei o Liceu onde se cultivava o físico e o intelectual. Frequentei a escola de música de Cosmos, para me aperfeiçoar no bailado e na cítara.

                Do que gostava nessa época?
                Tinha muitos amigos, mas minha beleza física não era das melhores… familiarizei-me com os antigos filósofos, Anaxágoras… apreciava andar sempre descalço e amava conversar a respeito dos problemas cosmológicos…

                E Xantipa?
                Minha esposa… casamos quando eu tinha 56 anos, já gordo e corpulento. Era um bonachão… e Xantipa uma garota ateniense aristocrática, de 20 anos de idade, alta e magra. No dia do nosso casamento não encontramos um carro puxado a bois. Seguimos a pé com um cortejo reduzido… Amo Xantipa, apesar dos nossos temperamentos diferentes. Tivemos três filhos:

                Lamprocles, Sofronisco e Menexeno. No dia em que recebi a sentença de condenação… Xantipa chorava muito e então lhe disse: – Por que choras por teu marido ser condenado injustamente? Deverias chorar se fosse condenado justamente!
                Sr. Sócrates, ocorre-lhe a lembrança de algum fato inusitado ou muito importante que influenciou nas suas escolhas?

                Sim. Por volta dos 38 anos de idade passei por uma crise interior… Certo dia fui visitar o templo de Apolo, em Delfos, onde estava escrito a máxima: “Conhece-te a ti mesmo”…

                 E…

                A partir daí centrei meu pensamento e pesquisas no homem e não mais no cosmo.

                Por quê?
                O conhecimento de si mesmo e a dúvida, o questionamento, preparam-nos para o nosso encontro maior, no qual encontramos o caos doloroso ou a felicidade…

                O Senhor Criou a Teodicéia – a descoberta de Deus pela razão?
                Sim. O diálogo é o meu método. Possui três fases: a ironia, a maiêutica e a indução. Na ironia levo meus interlocutores através de perguntas a conhecerem-se mais… Na maiêutica procuro extrair as verdades… e na indução buscamos a essência universal contida no particular…

                O senhor percebe ainda hoje, em nossos tempos modernos, a influência das suas pesquisas e descobertas?

                Talvez no Direito, na Filosofia, na Psicanálise, na Psicologia, na Psiquiatria, nos livres pensadores… Outros?
                Sr. Sócrates, desejaria dizer mais alguma coisa?
                Neste momento recordo de meus pais… Sofronisco, escultor de estátuas… eu de pensamentos…
                Fenarete, parteira, da arte da obstetrícia… eu procuro sempre não dar minha opinião sobre qualquer assunto, não tenho a autoridade, tampouco a verdade… como a parteira ajudo, mas é você quem deve dar à luz os seus desejos…

                *O Frater Ademir Vieira dos Santos é Psicólogo.

                Referência: Brazil, Stella Telles Vital – A Divina Filosofia Grega, Curitiba, AMORC, 1989; Claret, Martin – O Pensamento Vivo de Sócrates, São Paulo.