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Por Dr. Harvey Spencer Lewis, FRC- Imperator Emérito da AMORC

Não necessitamos recorrer aos princípios expostos em qualquer ciência arcana, para descobrir que a Lua tem certas influências definidas sobre as nossas vidas ou sobre a vida em geral e o propósito deste artigo é expor de maneira simples, algumas das mais vitais dessas influências, ligando-as a incidentes que afetam a todos nós.

O assunto é digno de um livro, mas, depois de tudo dito, ele se reduz a um estudo simples das leis do ritmo. Não vamos perder tempo em discutir aqui esse ponto ou, mesmo, esboçar completamente o princípio do ritmo na vida. Ele é, ou deveria ser, tão bem conhecido da maioria dos nossos membros ou leitores para dispensar tal apresentação.

O ritmo tem seu lugar em todas as funções da organização do corpo animal, e se manifesta nas fases fisiológicas e psicológicas desse funcionamento. Podemos citar o movimento peristáltico dos intestinos, as contrações do esôfago e a pulsação do sangue em circulação. Estes, e muitos outros, são típicos do ritmo organo-fisiológico e do processo funcional. O sistema psíquico ou emocional do homem tem o seu ritmo ou atividade rítmica, muitas vezes mais evidente do que o dos órgãos e, em todas as doenças mentais ou neuromusculares, tais como os espasmos, tiques, tremores e outras, onde se manifesta o excesso de energia, há períodos de manifestações perfeitamente rítmicas. E temos aprendido que a respiração rítmica é uma ajuda para se obter saúde e equilíbrio.

Enquanto que tudo isto é geralmente admitido pelas massas e pelas autoridades médicas, e, sem dúvida, considerado com seriedade pelo estudante das leis naturais, a relação de tal ritmo com as fases da Lua não é geralmente conhecida. Descobertas feitas pela ciência, contudo, têm confirmado muitos dos princípios conhecidos por algumas pessoas que deles têm feito uso por várias formas. São as descobertas realizadas na década de 20 combinadas com o estudo de muitas pessoas que vamos considerar aqui para uma orientação e reflexão de todos.

A Lua, como planeta, tem um ciclo de fases bem definido que cobre um período de, aproximadamente, vinte oito dias, e que é conhecido como mês lunar ou ciclo lunar. Usaremos o termo “ciclo” uma vez que esse ciclo é dividido em fases, e essas fases são também divisíveis; dividiremos o ciclo em unidades, sendo cada unidade uma unidade rítmica, como veremos.

A primeira metade do ciclo da Lua é de quatorze dias, a metade deste (ou um quarto do ciclo) é de sete dias; a metade deste, é de três dias e meio. Esses três dias e meio equivalem a oitenta e quatro horas.

O ciclo total da Lua, constituindo uma revolução completa do perigeu ao apogeu e a volta novamente ao perigeu, é o mês lunar referido acima, e este ciclo completo é muitas vezes referido como o ciclo longo da Lua, enquanto que um ciclo curto seria o ciclo ordinário das marés, correspondente ao movimento superior e inferior da Lua. Logo, temos dois ciclos de Lua a considerar: o curto, de doze horas, conhecido como o ciclo de marés da Lua, e o longo, de vinte e oito dias, em média. Só podemos lidar com médias, devido a ligeiras variações de tempo. Como existe um ciclo longo e um ciclo curto, teremos também unidades longas e curtas desses ciclos. Não como atitude arbitrária e, sim, devido a leis fundamentais que o leitor compreenderá, chamaremos os três dias e meio, conforme encontramos acima, como a unidade do ciclo longo, ou uma unidade longa.

Tomando o ciclo curto de doze horas e dividindo-o, teremos unidades de três horas, como unidade curta. Em primeiro lugar, notemos que uma unidade longa de três dias e meio é igual a sete pequenos ciclos, ou sete vezes doze horas.

As duas unidades encontradas como explicado acima, uma de três horas, e uma de três dias e meio, manifestam­ se em ações rítmicas da mente e do corpo, como ondas ou ondulações de uma onda rítmica. Aqui fazemos importantes descobertas, e podemos mesmo ir além da descoberta da ciência por meio do nosso outro conhecimento de certas leis naturais.

O Ciclo das Doenças

No caso de doenças, encontramos fatos interessantes e úteis analisando os casos normais e usando as médias das unidades do ciclo da Lua. Essas médias revelam o efeito das fases lunares anabólicas ou catabólicas, ou unidades dos ciclos, como segue:

O período de incubação da febre tifoide é de 7 a 21 dias, ou de 2 a 6 unidades longas; o período de incubação da Varicela é de 14 dias, ou 4 unidades longas; da Bexiga, 7 a 14 dias, ou 2 a 4 unidades longas; da Escarlatina, 3 dias e meio, ou uma unidade longa; do Sarampo, 10 dias e meio ou 3 unidades longas; da Coqueluche, 10 dias e meio, ou 3 unidades longas; da Dengue, 3 dias e meio, ou 1 unidade longa e a Difteria, de 3 dias e meio a 10 dias e meio, ou de 1 a 3 unidades longas.

Em todos os casos de febre alta, o período rítmico dessas unidades é muito pronunciado e definido. Alterações regulares ocorrem todos os 7 dias (como tem sido notado há anos) ou, em outras palavras, após cada 2 unidades longas (uma positiva e uma negativa). Quanto mais demorada a doença, mais definidas são as alterações a cada 7 dias e, mesmo a unidade longa, simples, de 3 dias e meio, é bem percebida e importante.

Estas unidades de ritmo também se manifestam no processo de germinação e de gestação de vida, e têm também o efeito de determinar o sexo. A média de tempo para chocar ovos, de muitas espécies, é de 3 dias e meio, ou 1 unidade longa. Em muitos insetos, é de 1 semana e meia, ou 3 unidades longas. A galinha põe ovos durante 3 semanas (6 unidades longas) e choca-os em igual período.

O óvulo possui, estruturalmente, os elementos de ambos os sexos, porém, por uma ligeira alteração funcional, é uma vez ativamente feminino e, outra, ativamente masculino. Os períodos de alteração se ajustam às unidades de ritmo referidas acima. A fertilização do óvulo recebe estas alterações periódicas em uma das suas condições ativas de sexo e isto determina o sexo no embrião.

Temos falado sobre as unidades ou períodos negativos e positivos. É essa diferença em potencialidade que determina o sexo da unidade e, também, a influência fortificante ou debilitante das unidades durante as doenças. Esses diferentes potenciais podem ser facilmente determinados.

A Chave

Voltando novamente ao ciclo curto de doze horas, chamado de ciclo de marés da Lua, verificamos que a ação das marés nos dá a chave dos potenciais. As seis horas que precedem o ponto máximo da maré cheia são fortificantes, e as seis horas imediatamente seguintes são debilitantes em seu efeito nos processos fisiológicos e psicológicos da vida. As primeiras três horas antes da maré cheia são horas positivas, ou constituem uma unidade curta positiva (ou onda) do ciclo rítmico, ao passo que as primeiras três horas seguintes são negativas e constituem a unidade curta negativa.

Cada unidade positiva é precedida de uma negativa, e seguida de uma negativa. Então, em cada doze horas, ou ciclo de maré, haverá duas unidades positivas e duas negativas. Logo, em cada dia de 24 horas há quatro de cada uma dessas unidades. Mas, para poder determinar quando são negativas ou positivas, devemos tomar a hora da maré cheia como base, tomando a hora da preamar, como conhecida em cada localidade da face da Terra, a despeito de estar a localidade próxima a um curso d’água ou não.

Tomando-se o ciclo longo, ou ciclo do mês lunar, com uma média de 28 dias, teremos a unidade longa de 3 dias e meio. Há oito dessas unidades longas em cada ciclo longo. Verificamos que a primeira dessas unidades, que precede imediatamente a hora da Lua Cheia, é uma unidade longa positiva, e a unidade que se segue é uma unidade negativa. Logo, temos 3 dias e meio antes da Lua Cheia como positivos em natureza, e 3 dias e meio imediatamente seguintes, como negativos, em natureza. Há quatro dessas unidades positivas, e quatro negativas, de 3 dias e meio, em cada ciclo lunar de 28 dias.

É fácil ver agora que estamos vivendo sob a influência de uma série muito sistemática, embora estranha, de unidades alternadas de ondas rítmicas positivas e negativas, umas com duração de 3 horas e, outras, com duração de 3 dias e meio. Portanto, enquanto uma das unidades positivas longas, de 3 dias e meio, está vigorando, haverá 28 unidades curtas de 3 horas cada, alternadamente negativas e positivas, também em ação. Uma unidade curta positiva, atuando durante a manifestação de uma unidade longa positiva, criará um efeito muito positivo. Já uma unidade curta negativa, em ação durante a manifestação de uma unidade longa positiva, resultará em uma condição neutra. E uma unidade curta negativa, vigorando durante a manifestação de uma unidade longa negativa, estabelecerá uma condição decididamente negativa.

As unidades longas, de 3 dias e meio, têm a sua maior influência no funcionamento puramente fisiológico dos órgãos, nos processos fisiológicos durante o mal-estar, ou nas condições anormais do corpo, como um todo. As unidades curtas têm o seu maior efeito nas funções mentais, psíquicas, nervosas e biológicas, e nos processos do corpo, seja na saúde ou na doença.

É por esta razão que os períodos longos têm uma ação importante nas indisposições (febres) que já mencionamos e, em muitas outras, enquanto que, nas fases de fertilização, fecundação, contágio e processos similares, as unidades mais curtas têm maior efeito. Uma unidade ou período de tempo puramente positivo, produz uma condição forte, uma fecundidade masculina, enquanto que uma unidade ou período puramente negativo produz apenas uma condição feminina mais fraca. Um, é ativo, o outro, o oposto. O período neutro, como mencionado acima, produz uma condição passiva.

Nascimento

Verificamos que as unidades curtas exercem sua influência muito forte nas condições relativas ao parto. Aí, o sistema nervoso, a ação do simpático e as funções orgânicas são muito sensíveis às influências que descrevemos. Durante a unidade longa negativa, de tempo, especialmente as primeiras 3 horas após o ponto máximo da preamar, o corpo está em repouso e as contrações são mais fracas e menos favoráveis durante o trabalho, enquanto que a unidade longa positiva, especialmente as três primeiras horas que imediatamente precedem ao ponto da preamar, produz uma condição ativa no que se refere às contrações e condições de outros processos, e menor esforço voluntário é necessário por parte da paciente, sem qualquer auxílio externo ou artificial promovido pelo médico.

Se o nascimento não ocorrer durante as primeiras duas unidades (seis horas) que precedem a preamar, não ocorrerá, sem condições forçadas e dolorosas, durante as 3 horas seguintes (a primeira unidade após a preamar), ou sem sofrimento e enfraquecimento desnecessários durante as próximas 3 horas (a segunda unidade após a preamar). À paciente será permitido descansar durante as unidades negativas, e se tornar ativa e cooperante apenas durante a primeira unidade antes da preamar. Aqui será notável que as contrações, pelo esforço, são rítmicas e se tornam mais fortes durante as unidades positivas de tempo, e passivas, ou fracas, durante as unidades negativas. Tirando proveito de tais influências no ritmo, a paciente conservará muita força, o uso de medicamentos se tornará desnecessário e o auxílio artificial inteiramente evitado. De cem testes realizados com este método, 98 confirmaram cada princípio em ação e, os outros dois, foram afetados por outras causas e condições de anormalidade.

Ao pensar ou planejar, ao falar ou praticar qualquer ação mental ou funcional que requeira força do sistema nervoso, qualidade de magnetismo pessoal e boa vitalidade, utilizem-se das duas unidades positivas de tempo. No tratamento das moléstias, tomem cuidado com todo o auxílio possível durante as unidades longas positivas e as unidades curtas positivas, mas permitam que o paciente descanse durante os períodos negativos. Se houver manifestação de uma crise durante um período longo negativo, conservem o paciente tão quieto quanto possível até que uma unidade positiva venha a atuar, especialmente, uma longa. Então, se o paciente não tiver atingido a crise, a unidade positiva auxiliará a ultrapassá-la com êxito.

Necessidade de Maior Conhecimento

Para determinar convenientemente as unidades de tempo, deve-se obter de uma fonte autêntica a escala diária ou semanal das marés, da cidade ou localidade onde se viva e, da mesma forma, uma tabela das fases da Lua, dando as revoluções ou fases e ciclos da Lua, para cada mês.

Confiamos que os nossos leitores estejam bastante interessados em se capacitar da importância do assunto, em fazer alguns testes com o mesmo, ajudando a estabelecer outros fatos.

[1] Este assunto está amplamente explorado no livro Ciclos da Vida, escrito pelo autor e publicado pela AMORC.

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