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Compensar a Natureza

Ronaldo Navarro Diniz, FRC

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Ronaldo Navarro Diniz, FRC

Ao lançarmos um olhar para algumas décadas passadas, chega­mos à conclusão de que hoje há, sem dúvida, um despertar de consciência para os problemas do meio-ambiente que antes não havia.

Mas é possível viver na nossa atual sociedade sem agredir de maneira alguma o meio-ambiente? Pode-se dizer que isso é praticamente impos­sível, ainda. Digamos ainda, porque com o desenvolvimento da cons­ciência humana, muita coisa está em vias de melhorar.
Entretanto, apesar de não ser possível no nosso cotidiano ter somen­te hábitos que não agravem ainda mais a situação já bastante crítica do meio-ambiente, é certo que o Ser Humano pode se reeducar e aprender a fazer muito para diminuir consideravelmente essa agressão. E esse fazer muito às vezes é mais fácil do que se imagina.
Óbvio que primeiramente é necessário ter a vontade de fazer algo. Nunca podemos esquecer a importância da Natureza na nossa vida. Somos todos interligados. Sem a Natureza nós não existiríamos. E se ela corre algum risco de desequilibrar-se, conseqüentemente acontecerá o mesmo com todos os seres vivos, a começar pelos humanos.
Está mais do que claro que a nossa saúde depende da qualidade do ar que respiramos, da água que bebemos e dos alimentos que ingerimos. Ou seja, sem a Natureza não há sobrevivência humana possível no nosso planeta.

Além da sobrevivência no que se refere à parte fisiológica do nosso ser, a Natureza exerce também uma forte influência no nosso psíquico. Quem não admira a Natureza?
Diga-me uma única pessoa. Não há. Não há quem não admire um pôr-do-sol no oceano. Não há quem não se encante com uma paisagem natural de um lago tranqüilo e cristalino cercado por montanhas. Que dizer da exube­rante vegetação das florestas, das cascatas, da variedade de flores e plantas? Dos pássa­ros? Dos animais? E quanto à beleza do mundo submerso? Dos mais variados peixes e corais? O ser humano ama a natureza porque ele é procedente dela e vive integra­do com ela, tenha ele consciência disso ou não.

Mas não basta somente amar a Natureza e cuidar das áreas naturais mais belas, cercando cada vez mais reservas ecológicas e incentivando o eco-turismo. Isso já é um grande passo, mas não o suficiente. A preocupação ambiental da atualidade vai muito além disso.

Para citar apenas um exemplo, as reser­vas de água doce do planeta correm riscos graves devido ao desperdício e à acelerada contaminação por parte de indústrias descui­dadas. Sendo assim, não há tempo suficiente para que a água se regenere e se purifique. Está na hora do ser humano mudar seu relacionamento com a água e passar a vê-la como um líquido preciosíssimo, pois na realidade, é exatamente isso o que ela é. Apesar de ter consciência que sua vida de­pen­de da Natureza, infelizmente não são ainda todas as pessoas que têm a vontade de fazer algo para cuidar dela, protegê-la de agres­­sões, ameaças e extinções. Em alguns, essa vontade é nata. Em outros, precisa ser despertada.
Depois de se ter a vontade de fazer algo é preciso informar-se de como fazer. Aqui entra o importantíssimo papel de publica­ções e eventos ecológicos, além das orga­nizações protetoras do meio-ambiente, como por exemplo, o Greenpeace, não somente com seu valioso trabalho de informação, como também de ação. Mas não basta contribuir com uma parcela de dinheiro para essas organizações, o que na verdade já seria uma grande ajuda! Impor­tante é também modificar algo no nosso dia-a-dia que possa estar direta ou indireta­mente prejudicando o equilíbrio do meio-ambiente.

De acordo nosso hábito comum de passar a culpa aos outros e não assumir responsa­bilidades, é muito fácil dizermos que quem deve tomar alguma providência a favor do meio-ambiente são os governos e as grandes empresas, as multinacionais poluidoras, que são quase sempre as maiores culpadas pelas catástrofes ambientais. Mas quem se encon­tra dentro das multina­cionais? Seres humanos. E se o ser humano desper­tar seu interes­se e sua vonta­de de fazer o mínimo pelo meio-ambiente já na sua própria casa, no seu cotidiano, ao invés de esperar que outros o façam?

Como foi dito acima, é praticamente impossível que a forma de vida da atual sociedade seja cem por cento de acordo com a proteção ambien­tal. Para que assim fosse, deveríamos retor­nar para a o Período Paleolí­tico, retomando os hábitos dos homens das cavernas. Entre­tanto isso não estaria de acordo com a as leis cósmicas que regem nosso processo evolutivo.

Para citar alguns pequenos exemplos, há pessoas que, por motivos profissionais e também particulares fazem várias viagens áreas no decorrer do ano. Todos sabem que a aviação é uma das inimigas do meio-ambien­te por inúmeras razões. Entretanto, algumas dessas pessoas por não possuírem automó­veis e utilizarem o transporte público e também bicicleta, já estão compensando um ato pelo outro. Alguns talvez sejam muito conscientes na utilização moderada de energia elétrica e água dentro de casa. outra importante atitude a favor do meio-ambiente.

Há pessoas que talvez não possam abdicar do carro para ir trabalhar e mesmo para o lazer. Entretanto, raramente fazem uma viagem aérea e talvez sejam pessoas muito cuidadosas e atentas para evitar desperdícios desnecessários dentro de casa, procurando reaproveitar tudo o que seja possível ao invés de jogar facilmente no lixo.
Talvez haja outros que precisam utilizar muita energia elétrica, mas por outro lado, evitam usar o carro sem necessi­dade e ainda por cima não comem carne bovina, ou a comem raramente apenas. A criação e manutenção do gado para corte exigem valores altíssimos de recursos ambientais. Outros são disciplinados na forma de separar lixo para ser reciclado, um hábito imprescindível que todo o mundo deveria fazer, além disso dão preferência para ali­mentos frescos provenientes da redondeza, procuram sempre que possível comprar artigos sem embalagens desnecessárias, informam-se quais produtos agridem o meio-ambiente e o evitam, procurando assim, com todos esses seus hábitos “ver­des” compensar as viagens aéreas que fazem esporadicamente.

Há quem trabalha em escritório de uma forma muito cuidadosa para não desperdiçar papel, sempre reutilizando o que for possí­vel, além de usar papel reciclado para máqui­nas copiadoras. Também nos escritórios deveria se preferir canecas e copos ao invés dos descartáveis. Tudo o que é descartável tem a ver com desperdício. E o desperdício agride a Natureza.

Na Alemanha, quando se compra uma mercadoria numa loja, é comum o vendedor perguntar se o cliente quer uma sacolinha para pôr a mercadoria. Muitas vezes o cliente não precisa da sacolinha, pois pode colocar a mercadoria na bolsa ou na mochila. Dessa forma evita-se desperdícios com embalagens desnecessárias.

Compensar! Conscientemente compen­sar um ou vários de nossos hábitos prejudi­ciais ao meio-ambiente, com outros hábitos verdes saudáveis!

Já que nascemos amando a Natureza e dela necessitamos para continuar vivos neste planeta, então precisamos definitivamente despertar a nossa vontade de oferecer a ela os cuidados que merece, buscando informação de como proceder e colocando mãos-à-obra, mudando alguns dos nossos hábitos.

Nada adianta pôr a culpa nos governos incompetentes. Muito mais digno será se fizermos a nossa parte, mínima que seja, porém sempre conscientes, disciplinados e confiantes na melhora.

Os ecossistemas, através de seu processo natural de regeneração ainda podem se recuperar por si próprios. Mas isso somente será possível se o ser humano parar de agredi-los tão impiedosamente para gerar cada vez mais riquezas pessoais. Qualquer um que vive em busca de riqueza e excessivo conforto deveria refletir que nada disso lhe servirá se um dia o equilíbrio ambiental chegar a ponto de se romper.

O que o milionário fará com toda a sua riqueza se a chuva decidir não cair mais no planeta Terra?

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