O Mahatma Ghandi disse certa vez: “Há dois aspectos das coisas: o exterior e o interior… O aspecto exterior nenhum significado tem, exceto na proporção em que contribui para o aspecto interior. Toda arte verdadeira é, assim, a expressão da alma. As formas exteriores apenas têm valor na medida em que se tomam a expressão da natureza interior do homem.”
A afirmação acima expressa um segredo da verdadeira fraternidade. Na Ordem Rosacruz, falamos de fratres e sorores em uma maneira especial para nos referirmos aos indivíduos que conosco participam no estudo e na prática dos princípios Rosacruzes. Além disso, em um outro sentido, a doutrina fundamental de nossa tradição que todos os homens são irmãos. Esse conceito mais amplo de fraternidade encontra expressão em toda a nossa amada Ordem em seu reconhecimento e em sua citação de homens e mulheres que se destacaram por atos altruístas com consciência da verdadeira fraternidade.
A fraternidade é, algumas vezes, mais fácil de ser praticada do que explicada. Quando a mente e o coração são devidamente orientados, a prática da fraternidade se torna um procedimento espontâneo. É muito mais fácil e mais simples agir como um irmão quando para isso somos condicionados, do que explicar os intricados processos psicológicos e o envolvimento emocional relacionado com a experiencia. Do mesmo modo, é mais fácil amarmos alguém do que definirmos a psicologia do amor. Muitas atividades profundas e complexas (físicas e mentais) têm sido realizadas muito tempo antes de para elas surgir uma explicação. Por exemplo, o raciocínio lógico era prática de alguns povos muitos séculos antes de tal prática ser explicada em termos de lógica formal ou tornada clara através de análise conceptual.
Há uma exortação antiga que diz: “Regozijemo-nos com aqueles que se regozijam, e choremos com aqueles que choram.” A fraternidade autêntica não restringe o amor e a preocupação ao pequeno grupo familiar, ao círculo de amigos, à comunidade, nem mesmo ao nosso país. O amor se propaga para abarcar todo o gênero humano, a despeito de raça, cor, condição social, nacionalidade, ou afiliações políticas e religiosas.
John Donne, poeta inglês do século dezessete, resumiu o espírito de fraternidade nestas palavras: “Nenhum homem é uma ilha, completo em si mesmo; todo homem é parte do continente, parte do oceano; a morte de qualquer homem me enfraquece porque estou incluído na humanidade; portanto, nunca procuremos saber por quem dobram os sinos; eles dobram por nós.”
“Em sonho, vi uma cidade inexpugnável aos ataques de todo o resto da Terra; Em meu sonho, essa era a nova cidade dos Amigos…” – Walt Whitman.