Robert E. Daniels, F.R.C.
Hoje a meditação é assunto comum nas conversas. Todavia, o assunto não pode ser tratado descuidadamente. Tem uma força e um sentido pouco apreendidos pelo estudante comum. A meditação é um dos mais importantes recursos para atingirmos o objetivo que buscamos. Há, naturalmente, quem ache que ela seja a única técnica necessária para se alcançar maior compreensão da vida, mas ela é um dos recursos e meios para isso, não o único.
Os ensinamentos Rosacruzes propõem uma técnica especial, desenvolvida através dos séculos, pela qual o Eu é inteiramente preparado para alcançar a completa harmonia e identificação com a Consciência Divina. Seria ilusório sugerir que apenas um único método poderia abrir caminho para essa realização. Contudo, a meditação nos prepara como nenhuma outra técnica, pois através de sua prática regular edificamos uma ponte entre nossa consciência e a alma interior.
Esse contato com o Eu Interior pode surpreender e mesmo contraria muitas das ideias que mantemos no momento sobre nossa vida ou assuntos específicos. O elevado padrão ético de conduta que ele nos infundirá poderá desapontar muitas pessoas. É por isso que muitos abandonam a prática mística da meditação, pois ela nem sempre justifica o que pensamos ser certo e bom para nós e para os outros.
Na meditação precisamos estar perfeitamente relaxados e desligados do nosso ambiente físico. Então, dirigimos nossa consciência para o íntimo através da concentração e, com o desejo sincero e profundo amor em nosso coração, harmonizamos nossa consciência com o Eu Interior. Devemos então nos manter completamente passivos e intimamente receptivos. Quanto maior a necessidade e quanto maior o amor em nosso coração enquanto meditarmos, maior será nosso proveito. A resposta ou a inspiração poderão vir no momento da meditação ou mais tarde. Isso não importa.
Devemos nos colocar em meditação apenas poucos minutos, uma ou duas vezes no dia, se possível. Períodos mais longos não aumentam a eficácia da meditação. O que importa não é a quantidade, mas a qualidade de nossa experiência.